Medalhista nessa categoria em Pequim-2008, velejador ainda tem esperança de mudança
Clive Mason/Getty Images
Scheidt e Prada conquistam a prata na Olimpíada de Pequim, em 2008
Após o anúncio da Isaf (Federação Internacional de Vela) de que a classe Star não fará parte do programa olímpico dos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, o brasileiro Robert Scheidt já iniciou uma campanha para reverter esse quadro e poder competir em sua atual categoria na primeira Olimpíada que será realizada no Brasil.
Scheidt disse nesta quinta-feira (18) que a saída da Star seria um “baque muito grande” para a vela nacional, que tem cinco medalhas olímpicas nessa classe. Ele afirmou que só a união dos esportistas pode reverter esse quadro.
Por meio de sua assessoria de imprensa, Scheidt disse que o fato de a classe ser tradicional no Brasil pode ajudar na pressão para a Isaf rever a decisão de excluí-la dos Jogos.
- Por ser no Brasil, temos um motivo a mais pra brigar pela manutenção da Star. São cinco as medalhas olímpicas, quatro com o Torben [Grael] e uma com a gente [Scheidt e Bruno Prada]. Seria um baque muito grande para a vela nacional.
Torben Grael e Marcelo Ferreira foram ouro na Star em Atlanta-1996 e Atenas-2004. Eles também levaram um bronze em Sydney-2000. Torben, desta vez ao lado de Nelson Falcão, conquistou bronze também em Seul-1988. Scheidt e Prada foram prata em Pequim-2008.
Scheidt disse que os velejadores têm seis meses para convencer os delegados da Isaf a retirar o bloqueio. Para o velejador, como haverá uma reunião da entidade em maio de 2011, a decisão não é definitiva.
A Isaf quer diminuir o número de classes de 11 para dez em 2016. Alguns países da Ásia e da Oceania, inclusive a Austrália e Nova Zelândia, não têm tanta tradição na Star. Por isso, seus representantes preferem manter barcos menores e menos técnicos, segundo Scheidt.
- Essa é uma classe de continuidade da carreira de vários atletas. Ela deve continuar pelo brilho olímpico que tem. Na última Olimpíada, a medalha só foi decidida na última perna da Medal Race [bateria final]... Acho que é uma classe que tem de continuar na Olimpíada, porque ela reúne as principais estrelas do iatismo mundial e tem grande competitividade. São regatas muito acirradas, disputadas metro a metro.
Scheidt já escreveu uma carta para o presidente doa Isaf, Göran Petersson, pedindo a revisão da decisão. Além da prata na Star, o brasileiro tem outras três medalhas olímpicas, todas na Laser: ouro em Atlanta-1996 e Atenas-2004 e prata em Sydney-2000.
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